29 setembro, 2007

Já é noite.

Já é noite.
Não há lua, não há estrelas, mas já é noite.
É noite.
Não há movimentos, não há conversas, já é noite.
Noite.
Sem barulhos, buzinas, músicas.
Apenas uma noite.
Sem beijos, abraços, eu te amo. Noite, noite, noite.
Já é noite.
O telefone não toca, toca, não me toca.
Tudo isso e ainda é noite.
Note a noite
Parede, som de quarto, teto, mãos vazias.
Noite nocturna.
Cama vazia, palavras ao vento, sem palavras, é pensamento.
Noite, é noite.
Um vazio no peito, não tem sossego, sem aconchego.
Já é noite, não apenas uma noite, somente noite.
Sorrisos distantes, qual o motivo? Será a noite?
Bem, noite é noite, e, nesta noite, estou aqui.
Perdido na noite.
Ainda é noite. Até quando?

Nenhum comentário: