07 novembro, 2018

Caos

A luz rodeia o caos

05 setembro, 2018

Estou vivo!!!

Um dia depois do outro,
Dias esquecidos, 
                            Um após o outro.
Dias de luta, dias de euforia
                              Um dia após o outro,
               AQUI  ESTOU, NO DIA POSTERIOR AO OUTRO!
                                          e vamos seguindo, 
                                                Cada um no seu caminho!

09 junho, 2011

Palavrear

Do ar
Doar
ar
dor
ardor
dor
ar
DOAR


Palavras loucas perdidas no vazio do quarto,
Um quarto de vida vivido, em um quarto há vida,
Vida.
Palavras soltas, doação, ação, mais uma vez:
Doar, ar, do AR!
Palavras, apenas palavras, frases, apenas palvras,
mais frases... A favela das palavras: FRASES!
O que uma mente aprisionada em um quarto pode fazer além de palavrear???

05 abril, 2011

SEM FACE

O vazio é a sua sombra
Nas esquinas ninguém o encontra
Sua presença na sala não conta

Seu rosto sempre sombrio
O sorriso provoca calafrio
Mais um seguindo um caminho
Sempre sozinho, e sem destino

O homem que segue sem face
Anda nas ruas sem disfarce
Mais um num mundo jogado
Presente, mas nunca lembrado

O corpo

O corpo é o templo do pecado.
O que o corpo fez já é passado
É a vida que enche o corpo,
Ou é o corpo que está cheio da vida?
Um corpo sem vida é um pecado.
O pecado sem o corpo não existe
A vida é o pecado do corpo?
O pecado é para ser vivido pelo corpo.
O pecado do corpo é passado.
O futuro do corpo é a vida.
A morte é o pecado da vida.
A vida sem morete é um pecado.

29 março, 2011

Ensaio, pensaio

I

Num raro momento de lucidez, num único e livre instante de sensatez, seus olhos viram o que não esperava: sua atual vida.

II

Estagnado ele sentou em sua poltrona e refletiu sobre tudo o que vivera. Uma inteira em 15 segundos. Muita informação para uma imediata conclusão. Uma coisa é certa: Algo precisava mudar.

III

Mudar, aceitar o novo, transforma... Tarefa difícil para alguém metódico. Reorganizar e se adequar, passos necessários para retornar ao eixo. Se tudo era organizado metodicamente, como se pode perder o eixo? Além de mudar há a necessidade de estudar o erro, investigar, procurar, assimilar e se possível corrigir.

IV

Entre um olhar e outro para o vazio uma porta se abre e um turbilhão de emoções invade o seu ambiente. O coração dispara, um frio percorre a sua espinha, carinho, raiva, afeto, amor, enfim, uma alternância de sentimentos e sentidos o atacava com golpes fortes naquele momento. Seria os sentimentos um erro? Erro no sentido? Na falta deles? Um novo turbilhão se aproxima.

V

Mais um copo, mais uma dose. O álcool é um companheiro solitário, ou o companheiro dos solitários? Serei eu ainda um narrador, ou mais um personagem que narra? Serei os dois? Dupla personalidade? Dois em um? Um em dois? Dois menos um... O que sei é que não se pode misturar, a ressaca é pior.

VI

A busca por respostas cansa logo. É preciso recostar novamente na poltrona e recuperar. O cérebro controla o corpo, mas ele mesmo é incontrolável. Por mais que se tente relaxar, ele continua trabalhando, matutando. Acho que todo cérebro é louco. A resposta estaria na loucura? O que distingue a loucura da sanidade? Perguntas e mais perguntas... A resposta pode ser bem simples: É tudo loucura!!!

28 setembro, 2010

Tem sentido???

O que você tem sentido?
Encontrou algum sentido?
Amor tem tido?
Amar tem algum sentido?
Sua vida faz sentido?
Você faz sentido?
Isso faz sentido?
Tem sentido???

AGOSTO

AGOSTO QUE NÃO ACABA
HISTÓRIA INACABADA
DESEJO ABALADO, A GOSTO.


A GOSTO É QUE SE VIVE
DO GOSTO SABOREADO
TÃO DESEJADO...
JÁ É AGOSTO AUGUSTO!!!

O BEIJO

Seja o beijo.
seja o que aconteça. Permaneça.

O beijo deseja
a boca que beija, e seja

Para sempre o beijo
do eterno desejo.

Que aconteça

Permaneça

Que seja.

Rabisco

Aquilo que foi dito.

O que não é para ser esquecido.

Projeto de um sonho antigo.

RABISCO

Um novo rosto no infinito.

Aprendizado para um escrito.

Poema no seu início.

Arrisco.

RABISCO.

Crescer

Dia de luta de pura labuta
O dia na luta, saudades da rua
Agroa são contas, nada de faz de conta
Final de semana, descanso merecido
Olhar de menino, brincando e rindo
Dinheiro para balas, agora é só cachaça
De volta para a casa o banho continua
Ritual diárioi que o tempo não muda
Hora do sonho, para a terra do nunca
O dia amanhece, o corpo estremece
O sonho da noite, no dia se perde
Agora é hora da criança que cresce.

Saudade

A saudade não tem idade
não perece, não tem validade.
Está sempre presente, enquanto durar
e mesmo que passe num suspiro pode retornar.
Pode ser pessoa, animal ou momento,
objeto, sucesso ou sentimento.
O mais difícil é dosar a emoção
para não cairmos numa escura prisão.
Viver na saudae não traz felicidade,
mas a saudade é boa e traz tranquilidade.
Tenha saudade. Faz bem ao coração.
Use e desfrute, mas com moderação.

17 setembro, 2010

Cara a tapa

Esta cara que eu olho,
Eu olho este cara,
Dou um tapa nesta cara,
Dou a cara a tapa.
Esta mão que escreve,
Descreve, prescreve,
minha mão, mão leve.
Que me leve desta cara,
A mão que embala este tapa,
Que descreve magoada,
Porque dou a minha cara a tapa???

22 janeiro, 2010

Lembrança

Lembrança do que se foi,
Lembrança do que você é,
Lembrança que não vem mais,
O agora que não é mais lembrança.

Lembrança do que pensei,
Lembrança do que não vivi,
Revivi alguma lembrança,
Vivi, apenas vi.

Viver aquela lembrança,
É sonho, é lembrança,
Lembrança que embala o sonho,
Que seja apenas lembrança,
Viver alguma lembrança é nostálgico,
Viver lembrando a lembrança é trágico.

14 setembro, 2009

NECESSIDADE BÁSICA

Me dê uma dose de felicidade
Algo que embriague o cérebro
e lhe dê fertilidade.

Eu quero algo para comer
que sacie esta fome de viver
O corpo não vive somente de sonhar
é preciso correr para poder respirar.

Entorpecente para uma mente
É o corpo que pede
Uma vida que não sente
A garganta tem sede.

Eu quero um prato cheio de palavras,
e um vinho para acompanhamento,
algo que demonstre sentimento.

Necessidades básicas para sobrevivência.
Eu tenho sonhos para digerir,
Preciso de combustível para pode seguir.
Um brinde em nome da existência!!!

23 julho, 2009

A CARA

Olhe esta cara,
Que te olha, a toda hora,
Expressiva, sensitiva, coisa rara,
A minha cara, por ti apaixonada,
A minha cara, minha cara.



A minha cara, que por ti procura,
Perdido nesta vida dura,
Aporta em teu porto e fica segura,
E segue sem surra, sem censura,
A minha cara, a sua cara.



Olhe para dentro desta cara,
Diga-me se era isto que procuravas,
Se era a cara que tu sonhavas,
Diga-me cara a cara,
É a cara que te agrada?

07 junho, 2009

A MARCHA DA CONSPIRAÇÃO

Conspiração deformando a oração
impedindo qualquer ação
iniciando a revolução.

A marcha para a liberdade
para todos em qualquer idade
com o povo e sua idoneidade.

Conspiração
Marchando com o coração
Todos com a sua oração
Morte ao velho dragão

GRITOS! EXPRESSÃO!
MARCHA DA CONSPIRAÇÃO!!!

03 junho, 2009

O REFÚGIO

O REFÚGIO

Há uma porta no meio do chão
Onde todos os pensamentos escorrem.
formando um riacho, colorindo o tapete das lamentações.

Há uma janela no meio do teto
Onde as palavras saem sem destino,
é uma rebelião sem destino.

Há um sofá no meio da sala,
Onde o corpo descansa,
como se fosse uma estátua inerte, decorativa.

Não há paredes entre os cômodos,
é onde as vozes ecoam
a revolta dos fantasmas.

Não há moradores na casa,
é um refúgio para quem quiser desfrutá-la
uma fortaleza dos pensamentos insanos ou santos.

Há um compromisso com a liberdade
Não há regras ou obrigatoriedade.
Há um conectivo com a desconectividade.
Não há endereço, fica muito além da realidade.

Acenda um cigarro e curta essa novidade.
Respire a fumaça e expire sensibilidade.
Esqueça os conceitos e toda forma de repúdio.
Sinta-se em casa, bem vindo ao refúgio.

CASUALIDADE

CASUALIDADE

Na ponta da caneta um escarro,
Dos olhos ao papel, espanto.

Na face do criador pura alucinação,
Na do leitor estupefação.
Na mente que joga uma tempestade,
Na que recebe perplexidade.

Na ponta da caneta uma carência,
Dos olhos ao papel, violência.

19 maio, 2009

A ALMA QUE CHORA

A ALMA QUE CHORA

O corpo que anda
O copo que entorna
Move a alma que chora.


A boca que fala
A mão que afaga
Confortam a alma que chora.

Os braços que envolvem
O peito que aquece
Protegem a alma que chora.

Os olhos que veem
A mente que pensa
Perguntam: Por que a alma chora?

OS ATOS DA ROSA

OS ATOS DA ROSA

O beijo da rosa
A alma que aflora
O espinho da rosa
A lágrima que brota
O caule da rosa
A libido sufoca
O broto da rosa
A vida devora

13 maio, 2009

Vestimenta

Sapato sujo não limpa o chão.
Sapato sujo não ganha o pão.
Sapato sujo é do ladrão.
Sapato sujo também é do chefão.

Camisa rasgada não veste ninguém.
Camisa rasgada não vale um vintém.
Camisa rasgada só pobre a tem.
Camisa rasgada o trabalho não vem.

Calça furada provoca exclusão.
Calça furada não causa tesão.
Calça furada, a moda do mundo cão.
Calça furada, dor e solidão.

A vestimenta que alimenta.
A vestimenta que ao pobre atormenta.
A vestimenta que o rico ostenta.
A vestimenta é a ferramenta.

Vestir-se para a vivência.
Vestir-se pura conveniência.
Vestir-se por obediência.
Vestir-se para a sobrevivência.

Despir-se é uma indecência.
Despir-se para perder a inocência.
Despir-se por pura decadência.
Despir-se também para a sua existência.

05 maio, 2009

AMARGO

É o gosto
Que vem do rosto
De um certo entojo.
Num momento grosso
O sentimento de remorso
Não se desfaz o ato
Nem se esquece o fato
O tempo é amargo.

10 abril, 2009

O CHÁ

Das lágrimas que regam uma rosa sem cor
Coo o chá;
BEBO,
Degusto com fervor.
Palavras fortes embaçam a minha mente.
BEBO O CHÁ. Respiro a falta ausente.
MAIS CHÁ PARA A BOCA QUE MENTE!!!
Esta boca que fala
A palavra que exala
O perfume da rosa
Regada à lágrimas
Que faço o meu CHÁ.

25 março, 2009

FAÇO!!!

Faço,
Refaço,
Disfarço,
Rechaço.

Se faço não agrado,
Refaço.
Refaço, não agrado...
Disfarço.
Rechaço, não faço, desisto...
Novamente faço...
Ou refaço?
Acho que apenas disfarço.
RECHAÇO!!!

02 dezembro, 2008

Dia útil

O dia que nasce,
da noite que fenece,
temperamento agreste,
sonhos esculpidos, rupestre.
O amanhecer é tenro, seu amadurecer é débil.
Boas vindas aos trabalhadores robóticos.

13 novembro, 2008

Áspide

Áspide malévola que me cerca,
A que devo tal visita áspera?
Com qual pretexto aparece neste texto?
Áspide lumbricóide que corrói estas entranhas,
Saia do caminho desta obra em verso, volte ao reverso do processo,
Rasteje sobre a escuridão que se distancia, sorria para o novo que se inicia.

26 outubro, 2008

Concluciclando

Difícil tarefa a de concluir,
Difícil tarefa de partir,
Difícil tarefa de pensar,
Difícil tarefa de ficar,

Seguirei concluindo,
partindo,
pensando,
ficando,
e dificilmente,
concluindo,
partindo,
pensando,
ficando.